Talvez por ser também conhecida como A Cidade das Sete Colinas, muita gente é da opinião de que é impossível andar de bicicleta por ser "sempre a subir".
Não vamos aqui dizer que não há subidas.
Sim, há subidas. E sim, ao início vai custar um bocadinho. Mas, o que é o pior que pode acontecer ? Terem de sair da bicicleta e empurrarem-na rua acima ? Mesmo assim, é bem provável que demorem menos tempo a chegar ao destino do que se ficassem presos no trânsito.
A Costureira Ciclista quis no entanto saber a opção de outros ciclistas e decidiu fazer uma sondagem aqui no blog para saber a opinião dos leitores. A questão era: Há muitas subidas em Lisboa ?
A conclusão a que chegamos é que, provavelmente, há muitos participantes da prova da Subida à Glória a pedalar por Lisboa visto que, 46 % dos participantes respondeu "Subidas? Quais subidas?"
A valer 30 % dos votos, temos os que acham que "Uns dias sim, outros não". O que também não é de estranhar pois há dias em que sentimos como se nos tivesse passado um comboio por cima e ainda o dia não começou.
E por último, temos 24 % que considera que as subidas são realmente complicadas. Mas, foquemo-nos na parte positiva: quase metade dos leitores do blog que andam de bicicleta em Lisboa (46%) não considera que as subidas sejam um problema!
Serão então as subidas um mito ? Bom, segundo o Paulo Guerra dos Santos que talvez conheçam pela sua tese de mestrado "100 dias de bicicleta em Lisboa", as colinas constituem apenas 15 % da área de cidade.
Se ainda assim não estiverem convencidos, existem alguns truques.
1. Respirar
Ao início talvez tenham de voltar atrás para apanhar o pulmão que ficou ao fundo da avenida mas, à medida que vão treinando, a vossa capacidade respiratória também vai aumentando e, não tarda, estão a fazer a subida "com uma perna às costas".
2. Ritmo
Encontrem o vosso. Se ajudar, levem convosco uma música para as subidas e tentem acompanhar o ritmo com a pedalada. Não vale a pena tentarem ir à mesma velocidade daquele ciclista que vos ultrapassou numa subida e, ainda por cima, numa bicicleta sem mudanças! Foquem-se no objectivo: chegar ao fim da subida.
3. Altura do Selim
Sentados na bicicleta, coloquem a perna no pedal e rodem-no até ficar para baixo. Essa perna deverá ficar ligeiramente flectida.
E qual a importância da posição do selim nas subidas ? Muito simples: optimizar a pedalada. Se tiverem o selim demasiado baixo, vão flectir os joelhos mais do que o necessário e, para além de fazerem um maior esforço, correm o risco de se lesionarem. Já com o selim demasiado alto, não chegam com os pés aos pedais e a posição de condução não será confortável.
4. Ziguezague
Esta técnica consiste, como o nome diz, em fazer a subida aos ziguezagues em vez de a fazer em direito. Acabamos por demorar mais tempo, é certo. Mas, por outro lado, diminuímos a inclinação. Apenas não é recomendável que o façam em circuito urbano pois é uma manobra perigosa na medida em que podemos ser surpreendidos por um carro.
5. Tornar-se especialista na vista de rua do Google Maps
Se forem ao Google Maps hão-de reparar que existe lá um bonequinho amarelo que pode ser arrastado para cima do mapa. Isso é a chamada "vista de rua". E para que serve ? Para explorarem a cidade como se andassem realmente a passear por lá. Basta arrastarem o boneco para a rua que querem e depois, com as setas, andarem pelas ruas.
E em que é que isto me ajuda nas subidas ? - perguntam vocês.
Muito simples. Permite-vos explorar alternativas às subidas e, como "todos os caminhos vão dar a Roma", até pode ser que tenham algum sem subidas até vossa casa!
bonitas imagens, onde é?
ResponderEliminargostei da publicação!
Olá!
EliminarObrigado pela visita ao blog! Fico contente que tenha gostado da publicação :)
Quanto às fotos, as duas últimas foram tiradas na Quinta do Pisão, que fica na estrada da Lagoa Azul e da Barragem do Rio Mula, Sintra. Longe da confusão, é um excelente lugar para explorar de bicicleta, a pé, ou até mesmo para fazer um piquenique numa tarde solarenga :)
Mais umas dicas bem úteis, obrigado :)
ResponderEliminarUm hábito que tenho quando enfrento aquelas subidas mais complicadas, é não iniciar a subida muito depressa e tentar manter sempre a mesma pedalada. E não acho mal desmontar quando é necessário.
Ora essa João, eu é que agradeço o seu contributo com mais umas dicas bem valiosas :) Não tarda, andamos todos a fazer subidas "com uma perna às costas"
EliminarAbraço,