sábado, 11 de janeiro de 2014

Hoje deixei a bike em casa e fui de carro


A semana, como sabem, foi de muita chuva, muito vento e... muitas desculpas para a Costureira Ciclista.


« Estou constipada...»

« Está a chover muito e não tenho calças impermeáveis... »

« Apetece-me ficar a preguiçar mais um bocadinho... »


O que, se traduziu num:


Hoje vou de carro!



O resultado desta aventura foi bastante previsível e um lembrete dos motivos pelos quais, quando vim para Lisboa, troquei o carro pela bicicleta.

A ida para o emprego tornou-se numa corrida contra o tempo em que a imprevisibilidade do trânsito nunca deixava adivinhar se demoraríamos 15 minutos ou meia hora a chegar ao emprego. A isto, junta-se a demanda pelo estacionamento e temos o cocktail explosivo para começar a manhã capazes de estrangular alguém.


Ah... a segunda circular... Que vista fantástica! De um lado: carros. Do outro: carros

É a emoção ao rubro! Pára-arranca, carros que se
atravessam à frente, mudanças de faixa sem sinalizar. Wow!

Até para estacionar temos de enfrentar uma fila.
E ainda assim, estamos afastados do local de trabalho.



Mas as aventuras não terminam aqui e por volta das 18:00 é hora de começar a pensar no regresso a casa e, mais uma vez, é impossível saber quanto tempo vamos demorar.



E, ao fim de dois dias, chegámos a conclusão que pode haver menos ou mais mas, há sempre trânsito. Se estiver a chover: muito pior.




Para piorar a sensação de estarmos encurralados no trânsito, eis que passam por nós não um, mas dois CICLISTAS junto à zona do Estádio Universitário.

Chovia a potes e estava um trânsito tremendo, mas ainda assim, só consegui perceber que um deles levava qualquer coisa amarela (um casaco? uma mochila? ), tal foi a agilidade com que passou e ultrapassou os carros parados.


Conhecem a expressão "abre olhos" ? 

Pois... este ciclista, talvez um enviado do Todo-Poderoso-Ciclista, foi isso mesmo. Ali estava ele, a pedalar à chuva e ao vento, com aquele ar de quem gosta de o fazer. E eu ali estava. Presa no carro. A vê-lo passar.



Cheguei à conclusão que afinal o problema não era o mau tempo, nem a minha constipação, mas sim o meu comodismo.

E foi assim que, depois de uma semana de desculpas esfarrapadas, peguei novamente na bicicleta e rapidamente percebi porque é que prefiro pedalar em vez de conduzir. 



Como diz a Bekka Wright, troquei a Not Bikey Face pela Bikey Face!


4 comentários:

  1. Ora nem mais...eu tive uma semana tal e qual a tua, com um início sem a minha "bike face". Tenho meeeeesmo que arranjar roupa adequada :) Quando voltei a pegar na minha bina fiquei tão feliz!

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    1. Como te compreendo Sara :)

      Quando voltamos aos passeios em duas rodas rapidamente percebemos o que estávamos a perder indo de carro!

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  2. Há uns tempos aconteceu-me algo parecido. Estava de chuva e pedi boleia a alguém que ia para os lados que eu precisava de ir, eram 17h e tal (inconsciências de quem não está habituado a andar de carro no dia-a-dia...). Ainda não tinha saído da minha freguesia e já estava arrependido do que tinha feito. Devia de haver algum acidente para estes lados que no tempo que levo a fazer 12km de bicicleta (o meu commute diário para cada lado) ainda nem 1km tinha feito! Completamente paradinho. Demorei 1h30 a fazer um percurso que de bicla demoro sempre entre 30 a 40min, "haja o que houver". Fiquei vacinado :D

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    1. Acho que, para quem faz da bicicleta o seu meio de transporte, ver-se subitamente "encurralado" num carro no meio do trânsito é um choque tremendo!

      Digamos que constitui autoflagelação suficiente para, nos próximos tempos, termos suores frios quando entramos em qualquer veículo que não seja movido a duas rodas :p

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